segunda-feira, 16 de março de 2009

Caso da menina estuprada de 9 anos: literatura de cordel resume a história!

A literatura de cordel resume bem a questão.

A EXCOMUNHÃO DA VÍTIMA

Miguezim de Princesa

I
Peço à musa do improviso
Que me dê inspiração,
Ciência e sabedoria,
Inteligência e razão,
Peço à Deus que me proteja
Para falar de uma igreja
Que comete aberração.

II
Pelas fogueiras que arderam
No tempo da Inquisição,
Pelas mulheres queimadas
Sem apelo ou compaixão,
Pensava que o Vaticano
Tinha mudado de plano,
Abolido a excomunhão.

III
Mas o bispo Dom José,
Um homem conservador,
Tratou com impiedade
A vítima de um estuprador,
Massacrada e abusada,
Sofrida e violentada,
Sem futuro e sem amor.

IV
Depois que houve o estupro,
A menina engravidou.
Ela só tem nove anos,
A Justiça autorizou
Que a criança abortasse
Antes que a vida brotasse
Um fruto do desamor.

V
O aborto, já previsto
Na nossa legislação,
Teve o apoio declarado
Do ministro Temporão,
Que é médico bom e zeloso,
E mostrou ser corajoso
Ao enfrentar a questão.

VI
Além de excomungar
O ministro Temporão,
Dom José excomungou
Da menina, sem razão,
A mãe, a vó e a tia
E se brincar puniria
Até a quarta geração.

VII
É esquisito que a igreja,
Que tanto prega o perdão,
Resolva excomungar médicos
Que cumpriram sua missão
E num beco sem saída
Livraram uma pobre vida
Do fel da desilusão.

VIII
Mas o mundo está virado
E cheio de desatinos:
Missa virou presepada,
Tem dança até do pepino,
Padre que usa bermuda,
Deixando mulher buchuda
E bolindo com os meninos.

IX
Milhões morrendo de Aids:
É grande a devastação,
Mas a igreja acha bom
Furunfar sem proteção
E o padre prega na missa
Que camisinha na lingüiça
É uma coisa do Cão.

X
E esta quem me contou
Foi Lima do Camarão:
Dom José excomungou
A equipe de plantão,
A família da menina
E o ministro Temporão,
Mas para o estuprador,
Que por certo perdoou,
O arcebispo reservou
A vaga de sacristão.

12 comentários:

Anônimo disse...

Leia apocalipse 17 e você entenderá a igreja católica, a prostituta que se corrompe com os lideres da terra.
Leia.
Só Jesus salva ou condena nem padre nem papa tem poder algumm só Jesus salva, eles são pecadores.
Só Jesus salva.

Anônimo disse...

A Igreja luta em favor da vida!!!!
Sabemos que aquele caso realmente não tinha condições nenhuma da criança ter aquele bb, mas a Igreja como defensora dos direitos humanos e divinos, não poderia se omitir!
Quanto ao Apocalipse, no Cap 17 está se referindo a um poder Político Pagão e anticristão, que se prostiuirá com os líderes da terra. Esta Babilônia citada neste capítulo é um conjunto de religiões falsas. E o Catolicismo apesar de ter passado por momentos negros no passado como conta a história. Ela é Santa pois foi fundada por Cristo " Tú és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja"! ( Mateus cap 16.18;) e ainda termina assim: "E as portas do inferno não prevalecerão contra ela"!!!!!!. mas é constituída por homens, por isso santa e pecadora ao mesmo tempo.
E quem somos nós para julgar se só existe um juiz e só um Salvador JESUS CRISTO!
Quanto a crítica a Igreja Católica devemos ficar muito alerta, tb aos falsos Profetas que tem surgido por aí, estas seitas novas cada uma com um jeito diferente de mostar um Cristo Milagreiro que é procurado apenas para fazer milagres, algumas Igrejas tem como lema "PARE DE SOFRER" estranho isso se o Próprio Jesus disse: " Se alguém quiser vir após mim , renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me!!!( Mateus cap 16.24;)
Hoje existe muitas seitas perigosas fazendo lavagens celebrais nas pessoas, e Jesus tb nos alertou sobre isso: " Porque se levantarão falsos Cristos,e falsos profetas, que farão sinais e prodígios para seduzir a muitos, até mesmos os escolhidos. Ficai de sobreaviso, Eis que vos previni de tudo"! (Marcos Cap 13. 22-23;)
Não sou contra Religião de ninguém, respeito a todas, amo meus irmãos evangélicos, meus irmãos espíritas. Mas não posso de deixar de falar a verdade, que está na Palavra de Deus!
Religião não salva ninguém, o que te salva são suas boas ações e a graça de Deus!
e como meu irmão disse realmente Só Jesus salva!!!!

Anônimo disse...

Frederico, devereia saber que quando Jesus diz esta pedra ele se refere a Ele, pedra angular, a pedra que os construtores rejeitaram.
Texto sem contexto é pretexto para eresia.
Digo que tu és pedro(pedro significa pequenas pedras)e sobre esta pedra(Jesus pedra angular, pois ele se diz a pedra angular)construirei a minha Igreja.Jesus usou um trocadilho de palavras.

Quanto ao mais só Jesus salva só ele é digno de adoração, culto, louvor , veneração, oque vier a mais tome cuidado.

A Bilia diz o contrário do que você disse aí embaixo quanto a ser salvo por boas açôes, pois ela para que ningúem se glorie nas boas obras.

Somente Jesus não Jesus e mais alguém.

Ele tem todo poder.

Anônimo disse...

“TU ÉS Pedro”, disse Jesus Cristo, “e sobre esta rocha construirei a minha congregação.” (Mat. 16:18) Exatamente quem é a pessoa sobre a qual a congregação é construída? Esta pergunta pode ser respondida por considerarmos o contexto das palavras de Jesus e outros textos que falam da “rocha”.

O Filho de Deus perguntara aos discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do homem?” Sua resposta: “Alguns dizem João Batista, outros, Elias, ainda outros, Jeremias ou um dos profetas.” “Vós, porém, quem dizeis que eu sou?”, continuou Jesus. Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivente.” Neste ponto, Jesus disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque isso não te foi revelado por carne e sangue, mas por meu Pai, que está nos céus. Também, eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta rocha construirei a minha congregação, e os portões do Hades não a vencerão. Eu te darei as chaves do reino dos céus.” — Mat. 16:13-19.

Observe o que está sendo considerado — a identidade do “Filho do homem”. Pedro identificou corretamente a Jesus como “o Cristo, o Filho do Deus vivente”. Por causa de isto ter sido revelado pelo Pai a Pedro, evidentemente através da operação do espírito santo, o Filho de Deus poderia mencionar Simão Pedro como sendo “feliz”. A felicidade de Pedro era do tipo espiritual, testemunhando ter ele uma posição aprovada junto ao Pai.

Daí, surge a declaração sobre a rocha, que Jesus precedeu com as seguintes palavras: “Eu te digo: Tu és Pedro.” Significa isto que o Filho de Deus então mudou o assunto sob consideração, passando de sua própria identificação para a de Pedro? Isto não parece ter acontecido. Por que não? Porque, depois de dirigir seus comentários a Pedro, Jesus, segundo o registro bíblico “advertiu . . . severamente os discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Cristo”. (Mat. 16:20) Assim, todo o sentido do que estava sendo considerado continuou a ser a identificação de Jesus, o “Filho do homem”.

Mas, o que Jesus queria dizer quando mencionou: “Tu és Pedro”? O nome Pedro não era originalmente usado por “Simão, filho de Jonas”. Foi-lhe dado pelo Filho de Deus, quando Pedro foi chamado para ser discípulo. João 1:42 relata: “Olhando Jesus para ele, disse: ‘Tu és Simão, filho de João [Jonas]; serás chamado Cefas’ (que, traduzido, é Pedro).” Assim como Simão Pedro identificara corretamente a Jesus como “o Cristo, o Filho do Deus vivente”, assim também Jesus identificou então Simão pelo nome que ele lhe dera, “Pedro”. Em vista da confissão de fé de Simão em Jesus, o nome “Pedro” (que significa “pedra” ou “rocha”, isto é, uma pedra ou penedo separados) era muitíssimo apropriado. Revelava que Simão, na convicção que expressou, tinha a firmeza e a solidez caraterísticas da pedra, e, portanto, poderia prestar excelente serviço ao Filho de Deus. O nome “Pedro” identificava Simão como a pessoa que ele era, tão corretamente como a expressão “o Cristo, o Filho do Deus vivente”, identificava Jesus.

O Filho de Deus, porém, não prosseguiu dizendo ‘e sobre ti, Pedro, construirei a minha congregação’. Não. Ele disse: “sobre esta rocha construirei a minha congregação”. Visto que o assunto considerado era a identidade de Jesus, a “rocha” tinha de ser aquele a quem Pedro reconheceu como “o Cristo, o Filho do Deus vivente”. Em outras palavras, Jesus dizia: ‘Sobre a rocha que tu, Pedro, confessas, construirei a minha congregação.’

Esta compreensão também é confirmada por Jesus afirmar que ‘os portões do Hades não vencerão’ a congregação. Numa Revelação ao apóstolo João, o Filho de Deus declara: “Tenho as chaves da morte e do Hades.” (Rev. 1:18) Por isso, por ser construída sobre aquele que pode livrar seus membros do Hades e da morte, a congregação não poderia ser vencida ou permanentemente restringida pelo Hades.

Manifestamente, as “chaves do reino” que foram dadas a Pedro não poderiam ter sido as “chaves da morte e do Hades”. Devem ter-se relacionado à abertura da oportunidade para que indivíduos entrassem no reino. As palavras de Jesus, em Lucas 11:52, apontam o que são tais “chaves”. Ele disse aos líderes religiosos judaicos que se recusavam a aproveitar as oportunidades do Reino: “Tirastes a chave do conhecimento; vós mesmos não entrastes e impedistes os que estavam entrando!” Em harmonia com o fato de as “chaves” serem confiadas a Pedro, este apóstolo foi aquele que, no dia de Pentecostes de 33 E.C., forneceu conhecimento aos judeus e prosélitos judeus reunidos sobre como entrar no reino dos céus, e, em 36 E.C., foi aquele que transmitiu tal vital conhecimento aos primeiros conversos gentios, Cornélio e sua família, bem como a seus amigos íntimos. — Atos 2:14-41; 10:19-48.

Outras partes da Bíblia fornecem evidência adicional de que a rocha é definitivamente o Cristo. O apóstolo Pedro se refere aos concrentes como “chegando-vos a [Jesus Cristo], como a uma pedra vivente, rejeitada, é verdade, pelos homens, mas escolhida e preciosa para Deus.” Tais cristãos ‘como pedras viventes, estão sendo edificados como casa espiritual’. (1 Ped. 2:4, 5) O apóstolo Paulo frisou o mesmo ponto ao escrever aos cristãos em Éfeso: “Fostes edificados sobre o alicerce dos apóstolos e profetas, ao passo que o próprio Cristo Jesus é a pedra angular de alicerce.” (Efé. 2:20) Referindo-se à rocha da qual os israelitas, em duas ocasiões diferentes, obtiveram milagroso suprimento de água, Paulo escreveu: “Costumavam beber da rocha espiritual que os seguia, e essa rocha significava o [era tipo profético do] Cristo.” — 1 Cor. 10:4; Êxo. 17:5-7; Núm. 20:1-11.

O testemunho combinado das Escrituras torna assim claro que Jesus, aquele a quem Pedro reconheceu como sendo “o Cristo, o Filho do Deus vivente”, é a rocha. É sobre ele que é construída a congregação, os apóstolos, inclusive Pedro, servindo como alicerce secundário.

Anônimo disse...

Nada escapava à sabedoria e ao poder de Cristo: os elementos da natureza estavam ao seu serviço, os espíritos obedeciam-lhe, os anjos serviam-no… E, contudo, no universo inteiro, só Pedro foi escolhido para presidir à chamada dos povos, à direcção de todos os apóstolos e de todos os Padres da Igreja. Assim, embora haja no povo de Deus muitos padres e muitos pastores, Pedro governá-los-ia pessoalmente a todos, como Cristo também os governa com o título de chefe…

O Senhor pergunta a todos os apóstolos qual é a opinião dos homens a seu respeito. E eles dizem todos a mesma coisa, bem como expõem longamente as dúvidas provenientes da ignorância humana. Mas assim que o Senhor exige conhecer os sentimentos dos próprios discípulos, o primeiro a confessar o Senhor é aquele que é o primeiro na dignidade de apóstolo. Como ele disse: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”, Jesus respondeu-lhe: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelaram, mas meu Pai que está nos céus”. Foi a inspiração do céu que te instruiu; não foi a carne nem o sangue que te permitiram descobrir-me, mas aquele do qual eu sou o Filho único.

“E eu, declaro-te”, quer dizer; tal como meu Pai te manifestou a minha divindade, também eu te faço conhecer a tua superioridade. “Tu és Pedro”, quer dizer: Eu sou a rocha inabalável, a pedra angular que de dois povos fez um só (Ef 2,14), o fundamento que ninguém pode substituir por outro (1Co 3,11), mas também tu és pedra, porque és sólido pela minha força, e o que me é próprio pelo meu poder, tu o tens em comum comigo pelo facto de estares em comunhão comigo. “Sobre esta pedra, construirei a minha Igreja”. Sobre a solidez deste fundamento, disse ele, eu construirei um templo eterno, e a minha Igreja, cujo cume chegará ao céu, elevar-se-á sobre o fundamento desta fé.

Anônimo disse...

História da Igreja Católica
1. O terreno onde a semente foi plantada

Há quase dois mil anos, o mundo mediterrâneo era controlado por Roma. O Grande Império se estendia da Síria até Portugal, das Ilhas Britânicas até o Egito. Fundado pelo gênio de Otávio Augusto, que soube concentrar em suas mãos o poder sem destruir as aparências da República, o Império vivia, no início da nossa era, um período de paz e prosperidade (Pax Romana).

O helenismo, a influência dos costumes e do pensamento gregos sobre o mundo mediterrâneo, estimulava o gosto pelas coisas espirituais (estoicismo, platonismo). Uma grande efervescência religiosa atingia todas as camadas da sociedade. O panteão romano, retocado pelo Olimpo grego, conservava seu prestígio e contava com inúmeros fiéis devotos. Mas existiam outras correntes se desenvolvendo. Pregadores anunciavam seus deuses em cada canto do Império. Vindos do Egito, através de Alexandria, chegavam os mistérios de Ísis e de Serápis. Os fenícios adoravam seus baalins. Em Roma, havia o culto sensual da deusa Cibele, mãe de Pessinonte. O orfismo afirmava a existência de mediadores entre Deus e os homens - para os pitagóricos, um Logos. As almas mais inquietas e sedentas de eternidade se voltavam para Mitra, o deus-sol dos arianos, cujo culto se fortalecia com a astrolatria caldéia. Uma enorme diversidade de sincretismos e superstições pululava por toda a parte.

Trazido do Oriente, desenvolvido pelos sucessores de Alexandre Magno, o culto ao soberano se implantou no Império. Quando morria um imperador, logo surgia um culto oficial à sua divindade. Nas províncias orientais, o imperador era adorado ainda em vida.

No meio dessa babel de crenças, um povo fazia questão de manter-se fiel a um só Deus, fugindo de toda contaminação pagã. Na Diáspora ou na Palestina, o pequeno povo de Israel jamais havia esquecido a fé dos antepassados, Abraão, Isaac e Jacó, e de como Yahweh os tinha libertado da escravidão no Egito. Tinha consciência do seu status superior, de ser uma raça escolhida e predestinada por Deus, herdeira das promessas divinas.

Entre Yahweh e o seu povo havia um laço, a Torá, a Lei que Moisés recebera no monte Sinai e que tinha de ser observada zelosamente. A Lei era uma coletânea de preceitos éticos e religiosos fixados em um conjunto de cinco livros sagrados, o Pentateuco. Ao lado do Pentateuco existiam outros livros, de cunho histórico, profético, poético, salmos... A sua coleção formava as Escrituras Sagradas do judaísmo.

Na época de Jesus ainda não havia um cânone fixo das Escrituras. Só depois, no final do século III, surgirá uma definição mais rigorosa. Ao lado dos livros, havia entre os judeus uma tradição oral, transmitida de pai para filho. O sinédrio, tendo a frente o sumo sacerdote, e os escribas, era o responsável pela guarda da Lei. Jerusalém, a cidade sagrada, e seu templo, eram o centro da religiosidade dos judeus.

Fora da Palestina, o judaísmo alexandrino começava a assimilar elementos do platonismo e do estoicismo. Fílon de Alexandria (13 a.C. a 54 d.C.) construiu um sofisticado sistema teológico e filosófico que integrava as Escrituras com certas correntes do pensamento grego. Tal movimento influenciava profundamente as comunidades judias da Diáspora e preparava o caminho para o desenvolvimento da teologia cristã.

Na Terra Santa, qualquer tentativa de assimilação com o helenismo era fortemente repelida. Antíoco Epífanes teve a ousadia de colocar um Júpiter olímpico no templo de Jerusalém e por isto enfrentou a ira dos Macabeus. Uma verdadeira guerra santa. Mesmo quando Roma reduziu Israel à condição de simples vassalo, o povo de Deus se apegou mais ainda à fé de seus pais e se uniu aos fariseus, sucessores dos piedosos (hasidim) da época dos Macabeus.

Os fariseus tinham uma espiritualidade centrada na meditação e no cumprimento da Torá. Para eles o pai judeu que ensinasse grego ao seu filho era maldito. Impunham uma rígida observância do Sábado. Cuidavam para que os menores mandamentos fossem sempre respeitados. Acreditavam na imortalidade da alma, na ressurreição, na existência de anjos, contrariando os ensinamentos dos saduceus, os quais só reconheciam o Pentateuco.

Os zelotas, rebeldes que combatiam a dominação romana pela luta armada, encarnavam o nacionalismo judeu em sua forma mais fanática e intransigente. Os essênios, segundo Flávio Josefo, se estabeleciam em várias cidades e eram numerosos. A comunidade essênia de Qumrã se diferenciava por seu estilo de vida cenobítico. Os Manuscritos do Mar Morto, encontrados recentemente, nos deram mais informações sobre este grupo em particular.

"Quando, porém, chegou a plenitude do tempo, enviou Deus o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sob a Lei..." (Gl 4,4).
Os Evangelhos mostram a Igreja como um barco, no qual Jesus está presente, embora em alguns momentos pareça estar dormindo (Mt 8,23-27). O mar que este barco atravessa é a História, às vezes calmo, outras vezes turbulento e ameaçador. Há quase dois mil anos o barco saiu de seu porto. Não sabemos quando chegará ao seu destino, mas temos certeza de que Jesus nunca o abandonará.

A Igreja é um projeto que nasceu do coração do Pai, prefigurada desde o início dos tempos, preparada na Antiga Aliança com Israel, instituída por Cristo Jesus. A Igreja é o Reino de Deus misteriosamente presente no mundo. Ela se inicia já com a pregação de Jesus. Foi dotada pelo Senhor de uma estrutura que permanecerá até o fim dos tempos. Edificada sobre Pedro e os demais apóstolos, é dirigida por seus legítimos sucessores.

A Igreja começa e cresce do sangue e da água que saíram do lado aberto do crucificado. Nela se conserva a comunhão eucarística, o dom da salvação oferecido por Jesus em nosso favor.

A Igreja é indefectivelmente santa, sem mancha e sem ruga, porque o próprio Deus nela habita, santificando-a por sua presença. O pecado dos fiéis não lhe pertence. Só em sentido derivado e indireto se pode falar de "Igreja pecadora".

Em Pentecostes, "a Igreja se manifestou publicamente diante da multidão e começou a difusão do Evangelho com a pregação" (Ad Gentes, n. 4).

Pentecostes do ano 30. Todos reunidos: os apóstolos, Maria, parentes de Jesus, algumas mulheres. Um ruído de ventania desce do céu. Línguas como de fogo surgiram e se dividiram entre os presentes. Todos ficaram repletos do Espírito de Deus e começaram a falar em outras línguas.

Esta assembléia inicial, esta kahal, ekklesia, igreja, é o princípio. Depois do prodígio das línguas, Pedro dirigiu-se à multidão reunida na praça e fez uma memorável pregação. Muitos se converteram, especialmente judeus vindos da Diáspora. Estes levaram a Boa-Nova aos seus locais de origem, o que provocou o surgimento, bem cedo, de comunidades cristãs em Damasco, Antioquia, Alexandria e mesmo em Roma. Alguns helenistas, no entanto, permaneceram em Jerusalém. Para cuidar de suas necessidades materiais, os apóstolos escolheram sete diáconos.

Filipe, um dos sete, evangelizou em Samaria (foi lá que Simão, o Mago, ofereceu dinheiro aos apóstolos Pedro e João em troca do Espírito Santo, donde o termo simonia - tráfico de coisas sagradas e de bens espirituais) e anunciou à Boa Nova a um etíope, funcionário da casa real de Candace.

Estevão era o diácono que mais se destacava. Por sua pregação incisiva, é detido pelas autoridades judaicas, julgado e apedrejado como blasfemador. Torna-se o primeiro mártir da História da Igreja. Enquanto é assassinado, perdoa os seus perseguidores e entrega, confiante, a sua vida nas mãos de Jesus.

O manto de Estevão foi deixado aos pés de um jovem admirador do ideal farisaico chamado Saulo.

O que mais impressiona nas primeiras comunidades é o fervor e a coragem dos cristãos. Diante das autoridades e dos líderes religiosos do seu tempo, os fiéis não temem confessar que Jesus é o Messias. A presença do Espírito Santo é muito viva. Cada igreja local tinha seus ministros, apóstolos, profetas, doutores... Todo o fiel recebia de Deus carismas especiais, que devia colocar à disposição da comunidade (dom de línguas, sabedoria, cura, ensino...).

A atuação feminina era expressiva, mas não havia confusão entre o papel do homem e o papel da mulher (a sociedade romana era muito machista e tratava a mulher como se fosse propriedade do marido; as crianças também eram desprezadas, podendo ser rejeitadas ou abandonadas à própria sorte pelo pai - tudo isto muda entre os cristãos). Em Cristo não há diferença de dignidade entre grego e judeu, homem e mulher, escravo (a sociedade romana era escravocrata) e livre. Todos se reuniam para celebrar a eucaristia (ou fração do pão) especialmente no domingo (que substituiu o sábado como o sétimo dia dos cristãos, por causa da ressurreição do Senhor), oravam em comum, partilhavam seus bens, ajudavam os pobres. O rito de iniciação cristã era o batismo, no qual os efeitos da morte redentora de Cristo eram aplicados sobre o crente. Havia ainda a imposição de mãos, ou Crisma, através da qual o fiel confirmava o seu compromisso e assumia uma missão na comunidade, e a unção dos enfermos, que servia para curar e confortar os doentes.

Uma fonte importante sobre a vida das comunidades cristãs do final do séc. I e início do séc. II é a Didaqué, ou Instrução dos Doze Apóstolos, uma espécie de catecismo primitivo. A primeira parte da Didaqué apresenta os dois caminhos que o homem pode escolher: o da vida e o da morte. Seguem-se orientações para a conduta dos fiéis e exortações. Na segunda parte há uma descrição da vida sacramental e da oração. O batismo é feito em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e, quando a imersão não é possível, a água pode ser simplesmente derramada três vezes sobre a cabeça de quem vai receber o sacramento. Os crentes devem jejuar duas vezes na semana e rezar o Pai Nosso três vezes por dia. A celebração dominical (Missa) é o sacrifício verdadeiro que cumpre a profecia de Ml 1,10s. Antes de se realizar a fração do pão os fiéis fazem uma espécie de ato penitencial (exomologese). A Didaqué também fala de apóstolos, profetas inspirados pelo Espírito Santo (os quais chama de sumo sacerdotes) e mestres que percorrem as igrejas. Bispos e diáconos são escolhidos pelos fiéis, com a mesma dignidade dos profetas e dos mestres. Por último, adverte contra os "falsos profetas e corruptores", e contra o anticristo que virá quando o fim estiver próximo. Aqueles que perseverarem na fé durante a grande tribulação serão salvos. Depois que o céus se abrirem, após o soar da trombeta e a ressurreição dos mortos, "o mundo verá o Senhor vindo sobre as nuvens do céu".

Sobre a penitência, já lemos no evangelho de João (Jo 20,21-23) que Cristo conferiu aos apóstolos o poder de perdoar pecados. Paulo, em sua primeira carta aos Coríntios, condena um caso de incesto e excomunga os responsáveis, esperando que com isto eles se arrependam e retornem para o Senhor. Na epístola de Tiago há uma exortação para a confissão dos pecados (Tg 5,16-18). Há casos, porém, de faltas graves para as quais se hesita em reconhecer a possibilidade de remissão (Hb 10,26ss; ver também a distinção que o apóstolo João faz entre pecados que levam à morte e pecados que não levam à morte, 1Jo 5,16). Quem renega a fé não encontrará misericórdia para seu crime, segundo o autor da carta aos Hebreus.

Os primeiros cristãos eram geralmente gente simples, das camadas sociais mais baixas. Exteriormente não se distinguiam das outras pessoas do seu tempo, mas viviam de modo honesto e digno. Procuravam ser obedientes às autoridades e oravam pelos governantes.

À frente de cada comunidade havia epíscopos, ou então um colégio de presbíteros. Havia também diáconos, que cuidavam da administração e da distribuição dos bens entre os necessitados. Tanto os epíscopos como os presbíteros e os diáconos eram ordenados através da imposição de mãos. Esta estrutura ministerial, ainda não muito precisa, deu origem à hierarquia da Igreja tal como a conhecemos hoje.

Com Santo Inácio de Antioquia as coisas ficarão mais claras: "Que todos, assim como reverenciam Cristo, reverenciem os diáconos, o bispo, que é a imagem do Pai, e os presbíteros, que são o Senado de Deus, a Assembléia dos Apóstolos". No início do século II, este regime se imporá naturalmente entre as igrejas da Ásia.

O que não se pode negar é que, desde os seus primórdios, a Igreja possui uma constituição hierárquica, formada pelos apóstolos e por Pedro, e que esta constituição foi transmitida sempre e ininterruptamente através do sacramento da Ordem. Os apóstolos fundaram comunidades e ordenaram pessoas para presidi-las. Estas, por sua vez, ordenaram outras como sucessoras, e o processo prosseguiu em uma cadeia contínua que permite ligar cada bispo, cada padre, cada diácono da Igreja de hoje aos apóstolos e, dos apóstolos, ao próprio Jesus Cristo.

De modo particular, o bispo de Roma é o sucessor do apóstolo Pedro e, portanto, responsável por garantir a unidade e a integridade da fé da Igreja.

Outra característica relevante dos primeiros cristãos era a ansiedade pelo retorno do Senhor, a Parusia. Pelas cartas de Paulo vemos que a volta iminente de Jesus era crença comum. Nas assembléias litúrgicas ouvia-se freqüentemente a exclamação cheia de esperança: "Maranatha! Vem Senhor Jesus!" Com o tempo percebeu-se que a vinda de Jesus não era tão iminente.

O cristianismo se aproveitou da imensa rede de estradas que interligava o Império. Desenvolveu-se principalmente no meio urbano. De boca em boca, através de escravos, mercadores, viajantes, judeus helenizados, artesãos, a Boa-Nova ia chegando aos lugares mais distantes. O Império de Roma tornou-se, logo, a "pátria do cristianismo".

Anônimo disse...

As portas do inferno já prevaleceram várias vezes contra a igeja católica,inquisição e tantas barbaries cometidas.
Tem papa como santo, só Jesus é o santo de Deus.
Papa infalivél e irrepreensivél o próprio pedro foi repeendido por paulo.
Logo após Jesus dizer que as portas do inferno não prevaleriam contra Ele e Igreja dele, pedro o nega, se fosse pedro a pedra as portas do inferno já teriam prevalecidos contra ele.
Idolatria,a igreja católica se corrompe com os reis deste mundo.
o próprio papa disse que satanas tinha entrado na igreja católica.
E não tem como negar Jesus é a pedra angular.

Anônimo disse...

Não vou discutir mais com o irmão.
Fique com seus argumentos e conceitos que eu fico com os meus...
Fique na paz!
Deus te abençõe!!!!

Anônimo disse...

Que Deus te abençoe em nome de Jesus.
A Paz.

Anônimo disse...

pensei q este brog era serio mas vejo q é mais um entre todos os brogs hereges q tem por ai vcs pregan o apocalipse mas não entende o q esta escrito .Talvez falte estudos mais profundos para vcs ao invés de criticar a igreja de cristo estude lucas 18 q diz nem todos q dizem senhor senhor entrarão no seu reino e esude melhor os atos dos apostolos e me responda porque se a igreja católica é tão errado paulo,joão e pedro estão enterrados la dentro .ac ho vcs uns hipócritas e analfabetos bíblicos imitadores de americanos,vcs sabem o quanto aquele povo sofre por serem como vcs q Deus tenha misericórdia de suas almas .há não se vcs sabiam mas o diabo também fala bonito como vcs .q Deus os perdoem pois vcs não sabem o q falam.

L Werneck disse...

E você, no mínimo deve ser imbecil!!
BROG? KKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Anônimo disse...

na biblia diz q o padre e do meio dos homem e e secado de fraqsa e pecado ingual a nós.procure tritica qem procura faze o mal ñ quem que faz o bem!

Teste

Teste