sexta-feira, 23 de abril de 2010

Lula definirá reajuste do INSS

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva repetiu ontem discurso de ministros da área econômica, de que só será possível conceder aumento real maior a aposentados epensionistas do INSS que ganham acima do salário mínimo (R$ 510) se o orçamento comportar. Assim, Lula não respondeu à incômoda pergunta sobre veto à Medida Provisória 475/09, que revisa o reajuste dos benefícios.

Está em jogo a elevação de 6,14%, concedidos em janeiro, para 7% — segundo proposta do líder do governo e relator da MP, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) — ou para 7,71%, conforme acordo entre líderes do Congresso. Outra possibilidade é a concessão de 7,7% para quem ganhava até três mínimos em dezembro (ou R$ 1.395).

“No silêncio da minha mesa vou tomar a decisão que deve ser tomada. Não acredito que dentro do Congresso Nacional haja qualquer deputado ou senador que defenda mais aposentado do que eu”, afirmou Lula.

O presidente vai se reunir hoje com ministros da Fazenda, Previdência e Planejamento. Mas lembrou que a proposta do governo, considerada viável desde o início, foi fechada em acordo com líderes sindicais.

Ontem, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, também bateu na tecla dos 6,14%, mas não descartou a possibilidade de alterar o percentual por negociação. “A posição do governo é o que já tínhamos dito. Temos um acordo de 6,14%. Esses índices que estão aparecendo aí e essas formas de reajuste (com a inclusão de mais uma faixa) não têm a concordância do governo. Achamos que esse é o limite. Se o índice não for sustentável, o presidente já disse: ‘vou vetar’”, afirmou.

Questionado, acrescentou que “é evidente” que isso pode mudar. Bernardo informou que a equipe econômica não trabalha com proposta que corrige em 7,71% os benefícios de até 1.395. “Fica parecendo um campeonato para ver quem dá mais e quem vai ser mais bonzinho com os aposentados”, ironizou.

O Dia

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