sexta-feira, 2 de maio de 2008

Essa é pros católicos locais e devotos do padroeiro que não sabem da história do Santo e nem por que o reverenciam


Santo Eduardo
Na História da Humanidade, a palavra rei quase sempre está associada à palavra tirano. Mas, na História do Catolicismo, rei muitas vezes vem junto da palavra Santo. É o caso exemplar de Eduardo, rei da Inglaterra. Seu avô era o Santo rei e mártir Edgar, e este exemplo de santidade norteou também a sua vida no seguimento de Cristo. Eduardo nasceu em Oxford, no ano 1003, num período em que a Inglaterra sofreu a invasão dos pagãos dinamarqueses. Seus pais, junto com toda a família real tiveram de abandonar o país, indo se refugiar na corte da Normandia, norte da França, de parentes cristãos. No exílio, Eduardo freqüentou e estudou nas mais renomadas cortes da Europa, adquirindo uma educação primorosa e fundamentada no cristianismo. Recusou várias vezes tomar o trono à força, pois não queria derramamento de sangue. Em 1042, com a morte de seu meio-irmão, que governava a Inglaterra, ele finalmente assumiu o trono. Seu reinado foi um dos mais felizes para o povo inglês. Mesmo sentindo-se um pouco "estrangeiro", fez a pátria retomar seu caminho correto dos princípios cristãos, afastando a influência nefasta dos anos de domínio pagão e trazendo paz e prosperidade para seus súditos. Logo passou a ser chamado "o santo homem" e os escritos registram vários prodígios de cura operados por sua intercessão em favor de pessoas simples do reino. Curou um doente de câncer com um sinal da cruz. E, um paralítico que se movia penosamente na rua, ele ajudou a chegar a uma igreja, onde através de orações o curou, além de outros narrados pelos historiadores. A política do Estado exigia que ele se casasse e, pelo bem do reino, Eduardo o fez. Casou-se com Edith, filha do conde Godwin, um dos seus adversários políticos. Gentil e elegante, por se tratar de um acordo, prometeu viver com ela em estado de castidade, sem união corporal. Manteve sua palavra. O casal não teve filhos. Ela se tornou uma grande rainha e irmã, participando das obras de caridade, ajudando a restaurar e fundar igrejas e conventos por todo o país. Valorizando o lado espiritual da vida e viviam em perfeita ordem e harmonia.Tornaram-se exemplo de reis cristãos, piedosos e caridosos, amados e aclamados como "pais" pelos súditos e respeitados por todas as cortes. Após quase sessenta e quatro anos de vida de penitência, oração, mortificação dos sentidos e luxos, no reto seguimento de Cristo, o rei Eduardo morreu no dia 05 de janeiro de 1066. Pouco tempo depois de ter assistido a consagração da igreja da abadia de Westminster, totalmente restaurada, o mais antigo símbolo da aspiração e das lutas religiosas da Inglaterra, onde foi sepultado. Venerado em vida, imediatamente o povo passou a celebra-lo como Santo. Quase quarenta anos após a sua morte, o seu corpo foi exumado e encontrado intacto, o que para o povo não causou nenhuma surpresa. Em 1161, o Papa Alexandre III o canonizou.


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