Investigações de órgão e MPF indicam participação de autoridades em fraude.
Quantia foi enviada pelo governo federal após tragédia que deixou 918 mortos.
Seis meses depois das chuvas que provocaram a morte de 918 pessoas na Região Serrana do Rio de Janeiro, o Ministério Público Federal e o Tribunal de Contas da União apuram denúncias de corrupção.
Segundo as investigações, logo depois da maior tragédia natural do país, autoridades de algumas cidades atingidas teriam desviado parte dos R$ 30 milhões destinados pelo governo federal à reconstrução de sete municípios.
Pouco mudou desde aquela madrugada de 12 de janeiro. E vítimas preferiram não esperar pela ajuda do poder público.
“Começamos a fazer a limpeza a gente mesmo porque a gente está cansado de esperar . Taí, ó, a gente cansou”, disse Maximiliano Cardoso, da Associação de Vítimas de Teresópolis.
A maioria das obras emergenciais ainda não saiu do papel. Em algumas aéreas, há perigo por todos os lados. Encostas podem deslizar. Se não bastasse toda essa preocupação, moradores de Teresópolis foram surpreendidos por denúncias de corrupção – esquemas que teriam sido fechados poucos dias depois da tragédia.
Empreiteiro denuncia propina de 50%
Uma reportagem publicada ontem pelo jornal “O Globo” afirma que, em troca de perdão judicial, um empreiteiro denunciou que os habituais 10% de propina para a aprovação de contratos saltaram para 50%, por conta do grande repasse de verbas.
Segundo a reportagem, o Ministério Público Federal investiga se os ex-secretários municipais de Governo e de Obras de Teresópolis estavam à frente da negociação.
Um relatório do Tribunal de Contas da União revela outras irregularidades como empresas "prestando serviços na mesma localidade, no mesmo dia" e que mesmo “dois meses depois da tragédia serviços foram prestados sem contratos assinados e nem empenho de despesa”.
Uma reportagem publicada ontem pelo jornal “O Globo” afirma que, em troca de perdão judicial, um empreiteiro denunciou que os habituais 10% de propina para a aprovação de contratos saltaram para 50%, por conta do grande repasse de verbas.
Segundo a reportagem, o Ministério Público Federal investiga se os ex-secretários municipais de Governo e de Obras de Teresópolis estavam à frente da negociação.
Um relatório do Tribunal de Contas da União revela outras irregularidades como empresas "prestando serviços na mesma localidade, no mesmo dia" e que mesmo “dois meses depois da tragédia serviços foram prestados sem contratos assinados e nem empenho de despesa”.
Teresópolis e Nova Friburgo
O prefeito de Teresópolis, Jorge Mário, negou as irregularidades. “Não tenho conhecimento disso. Não permito esse tipo de prática no nosso governo. Eu não tenho conhecimento de nenhuma investigação do Ministério Público, parece uma notícia fantasiosa”, afirmou Jorge Mário.
Nova Friburgo foi outro município devastado pelo temporal. E em alguns bairros os cenários ainda são de destruição completa.
Um relatório do Ministério Público Federal mostra que pode ter havido desvio de parte dos R$ 10 milhões que deveriam ser usados para a recuperação da cidade.
Segundo a investigação, a Fundação Municipal de Saúde não se preocupou em fazer um levantamento do material médico hospitalar que seria necessário para atender as vítimas da catástrofe. Comprou –sem licitação – uma quantidade suficiente para manter os hospitais funcionando por meses.
O prefeito em exercício de Nova Friburgo, Dermeval Moreira, contestou as denúncias. “Tive a minha vida sempre pautada na honestidade. A prefeitura não deve um tostão”, afirmou.
“O quê que estão fazendo com esse dinheiro? Por que a gente está assim, largado a própria sorte?”, questionou Maximiliano Cardoso, da Associação de Vítimas de Teresópolis..
O prefeito de Teresópolis, Jorge Mário, negou as irregularidades. “Não tenho conhecimento disso. Não permito esse tipo de prática no nosso governo. Eu não tenho conhecimento de nenhuma investigação do Ministério Público, parece uma notícia fantasiosa”, afirmou Jorge Mário.
Nova Friburgo foi outro município devastado pelo temporal. E em alguns bairros os cenários ainda são de destruição completa.
Um relatório do Ministério Público Federal mostra que pode ter havido desvio de parte dos R$ 10 milhões que deveriam ser usados para a recuperação da cidade.
Segundo a investigação, a Fundação Municipal de Saúde não se preocupou em fazer um levantamento do material médico hospitalar que seria necessário para atender as vítimas da catástrofe. Comprou –sem licitação – uma quantidade suficiente para manter os hospitais funcionando por meses.
O prefeito em exercício de Nova Friburgo, Dermeval Moreira, contestou as denúncias. “Tive a minha vida sempre pautada na honestidade. A prefeitura não deve um tostão”, afirmou.
“O quê que estão fazendo com esse dinheiro? Por que a gente está assim, largado a própria sorte?”, questionou Maximiliano Cardoso, da Associação de Vítimas de Teresópolis..
G1
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