segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Efeito sanfona. Isso não pode!

Dieta radical com rápida perda de peso provoca engorda ainda maior depois, além de risco de AVC e infarto


O ciclo de engorda-emagrece-engorda é o chamado efeito sanfona, alteração que pode resultar em danos ao metabolismo, efeitos estéticos (estrias, flacidez, celulite) e maior risco de aumento de colesterol ruim, hipertensão, infarto e AVC.

“Dietas radicais e errôneas desequilibram o organismo, que é submetido a um estado de privação do alimento. Com a carência provocada pela baixa ingestão de calorias, ele acaba repondo tudo o que perdeu e consumindo além, temendo um novo processo de fraqueza”, explica o endocrinologista Alfredo Cury, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).

Quando se faz um regime radical por tempo prolongado, e ele é interrompido de forma repentina, logo bate a vontade de comer desenfreadamente. E a briga com a balança torna-se ainda pior: o peso acaba maior que o anterior.

“Quando se comete esses excessos, ocorre o aumento do colesterol ruim, dos triglicerídeos, dos níveis de açúcar. O sistema imunológico fica mais vulnerável”, diz o endocrinologista.

NADA DE PASSAR FOME!
Não adianta pensar: ‘quanto mais fome passar, maior a perda de peso’. Para mantê-lo estável é preciso mudar de vez os hábitos alimentares inadequados. “Até porque, após tantas oscilações de peso, o organismo acaba criando maior resistência a emagrecer e manter o peso desejado vai ficando cada vez mais difícil” avisa a nutricionista Danielle Moreira, do Memorial Saúde.

Foi o que fez Janaina Gonçalves. “Como eu fazia dietas malucas, ficava nesse engorda e emagrece. Depois que passei a ser auxiliada pelo médico, com uma dieta adequada ao meu metabolismo, há dois anos venho conseguindo manter meu peso”, conta.

Investir em refeições saudáveis de três em três horas e na ingestão de muita água é a receita para manter o metabolismo em bom funcionamento. “E para acelerar o processo de queima de calorias é imprescindível a prática de exercícios. Dessa forma, e sem pressa, porque cada organismo tem seu ritmo, é possível driblar o efeito sanfona”, ensina a nutricionista.rganização das Olimpíadas deste ano se empenhou para defender o Meio Ambiente.

O Dia

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