terça-feira, 22 de julho de 2008

AMB divulga "lista suja" de candidatos em todo o País: Gilmar Mendes critica


Do Site G1:
A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) divulgou nesta terça-feira (22), em seu site , uma lista com os nome dos candidatos com "ficha suja", que respondem a processo na Justiça de por ação penal, de improbidade administrativa ou eleitoral.

As primeiras informações são sobre os candidatos a prefeito e a vice-prefeito nas 26 capitais do país. Dos 350 candidatos analisados, apenas 15 são considerados com “ficha suja”. Destes, nove disputam as eleições para prefeito e seis são candidatos a vice. A intenção da entidade é completar as informações sobre os candidatos a vereador nas capitais até o final de agosto.

O banco de dados será atualizado com a colaboração dos juízes eleitorais de todo o Brasil. De acordo com a AMB, as informações recebidas serão rigorosamente checadas para evitar que incorreções prejudiquem qualquer candidato. Só serão publicadas as denúncias que já foram aceitas pela Justiça.
Ainda segundo a AMB, o objetivo desta lista é facilitar o acesso da população e da imprensa a informações públicas e contribuir para que as eleições de 2008 transcorram da maneira mais transparente possível. “Como entidade privada, que tem como objetivos a discussão de grandes temas nacionais e as eleições limpas, a AMB tomou para si a iniciativa. Procuramos ser mais criteriosos”, afirmou Paulo Henrique Martins Machado, secretário-geral da entidade. Machado destaca que não há pré-julgamento e que os processos são públicos. “É um dado relevante que o eleitor precisa saber. Será ele quem fará seu julgamento para votar”.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, criticou nesta terça-feira (1º) a iniciativa de reunir em listas o nome de candidatos com “ficha suja” - que respondem a processos criminais. Em entrevista coletiva na sede do Supremo, o ministro disse que a prática pode gerar “graves injustiças”. Sem citar nomes, Gilmar Mendes deu a entender que considera “populismo” a reunião de nomes de candidatos com pendências judiciais. “Tenho horror a populismo, muito mais populismo de índole judicial. Não me animo a ficar fazendo esse tipo de listas porque tenho medo de cometer graves injustiças. Uma injustiça que se cometa será suficiente para questionar esse tipo de procedimento”, afirmou.

Que postura é essa que privilegia o erro, senhor Ministro!

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