O Secretário de Meio Ambiente de Campos, Carlos Ronald Macabú Arêas
Já chegou a Turbina (Tipo Francis) da Hidrelétrica Pedra do Garrafão, e eu flagrei a sua passagem por Santo Eduardo. Só que isso é só pra registrar porque o assunto é outro.
Achei um relatório divulgando o que a maioria das pessoas daqui não sabe. É que a Energia gerada pela Hidrelétrica vai para o Espírito Santo, mais precisamente para a Subestação de Mimoso do Sul, conforme li neste documento : http://www.aneel.gov.br/cedoc/area20081332_1.pdf
O que fica no ar:
- Santo Eduardo e toda a região do norte de Campos realmente não receberá a energia gerada pela hidrelétrica?
- Receberemos alguma benfeitoria em royalties pela geração de energia em nosso território?
- Não teremos inundações na localidade?
Questões que ainda não foram amplamente esclarecidas causam diálogos diversos e opniões das mais diferentes e contraditórias possíveis sobre o assunto, principalmente sobre os medos de ficarmos somente com o ônus desta construção.
De Campos, não recebemos nada de esclarecimento, nada mesmo!
Nenhuma visita de nenhum secretário, principalmente, é claro, sentimos a falta da presença do Secretário do Meio Ambiente, o Sr. Carlos Ronald Macabú Arêas, que ao meu ver, em tese teria obrigação de aparecer por aqui, pelo menos uma vez durante esta construção, mas nada. Aliás acho que possivelmente ele nem saiba muito sobre a construção da hidrelétrica - corremos este risco, diante de tudo que acontece nesta administração, isso é realmente possível.
É a hora da verdade!
Exigimos esclarecimentos oficiais sobre o tema o mais urgente possível, visto que a obra deve estar concluída em Fevereiro do ano que vem.
Outra coisa: O povo de Santo Eduardo também tem que comparecer às possíveis reuniões e parar de se omitir sobre o assunto, pra não reclamar depois.
Estou de olho! e você?
3 comentários:
Lenilson, percebo a tempos que as pessoas, principalmente os politicos do nosso municipio pensam que em Santo Eduardo so tem pessoas analfabetas, sem instrução e que portanto não precisam ser esclarecidas a respeito dos seus direitos enquanto cidadãos, que pagam seus impostos e que merecem respeito.A nossa única chance de mostrarmos nossa insatisfação é através das eleições,plantar nossas sementes junto ao eleitorado é nosso dever que além de tudo não tem uma fonte de informação,a que tinhamos acabou, que pena...vamos lutar ,vamos esclarecer sobre o que poderá nos acontecer caso aja de novo enchentes, QUEM SABE FAZ A HORA NÃO ESPERA ACONTECER.
Faço aqui , um convite ao senhor secretário do meio ambiente que venha a Santo Eduardo esclarecer a população sobre o que poderá acontecer caso tenhamos muita chuva ,e possivelmente estragos para nóis.
Prezado Lenilson,
Visualizei por acaso seu blog e este Post. Estava procurando informações a respeito das novas hidrelétricas no Rio Itabapoana, inclusive Pedra do Garrafão, e vi as fotos das turbinas Francis. Estive por um tempo, enquanto ainda aluno de Engenharia, trabalhando na Eletrobras em estudos das Usinas da Região e posso esclarecer algumas dúvidas aqui apresentadas:
1 - Toda energia produzida por qualquer usina hidrelétrica é lançada no SIN (Sistema Interligado Nacional) através da Subestação mais próxima dentro da sua classe de tensão. Assim, a Subestação Mimoso recebe a energia da UHE Rosal (BJI, Calçado e Guaçui em transmissão de 69kV) e da Pedra do Garrafão (Campos x Mimoso, também em 69kV). Essa energia é injetada no Sistema Furnas e qualquer concessionária ligada a esse sistema pode comprá-la, inclusive, por exemplo, Light, Cemig ou Coelce (Ceará). Mas eletricamente falando, não significa que ela irá até lá. Ela sempre busca o melhor caminho. Então, ela não evitará falta de energia na região, apenas estabiliza a constante oscilação. Como o sistema é interligado, também estabiliza a energia da Região de Campos e adjacências.
2- Em todo projeto de hidrelétrica, são pagos impostos durante a obra (principalmente ISS) aos municípios envolvidos e royalties proporcionais à região alagada (Mimoso possui maior área alagada).
3- Pelo que vi do projeto, inundações somente do lago, numa área que agora total de 88,83 ha.
Passei pela região da obra nos últimos dias, pois moro na região. Está havendo problemas com a estrada de Apiacá, devido a altitude da estrada.
Att,
Raphael A. Almeida
raphalmeida@hotmail.com
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