A implantação de canteiros de obras do mineroduto Minas-Rio que vai transportar minério de Minas Gerais ao Porto do Açu, em São João da Barra começa a dar vida ao projeto e está garantindo mais empregos na área de construção civil.
De acordo com o presidente do sindicato dos empregados do setor, José Eulálio, a empresa Anglo Ferrous Minas-Rio Mineração S.A., responsável pela obra, já montou três canteiros entre o município mineiro de Muriaé e o distrito de Santo Eduardo, em Campos, empregando 6.800 trabalhadores da construção civil. A previsão é de que, este ano ainda, o número chegue a nove mil com mais duas bases, sendo uma no porto e outra em São Francisco de Itabapoana, na divisa com o município de Presidente Kennedy (ES).
A assessoria de imprensa da empresa informou que, este ano, a obra estará concentrada na terraplenagem no trecho 3, área que inclui os municípios do Estado do Rio de Janeiro, entre eles, Campos. “A obra do mineroduto prevê, ainda, a construção de uma estação de bombas, no meio do caminho [município mineiro], que vai dar potência para continuar levando a polpa de minério”, informou a empresa, destacando que esta polpa é formada por minério e água.
O Mineroduto Minas-Rio, de aproximadamente 525 quilômetros de extensão, atravessará os municípios de Porciúncula, Natividade, Itaperuna e Bom Jesus de Itabapoana, no Noroeste do Estado, e Cardoso Moreira e Campos, na região Norte Fluminense, até o porto marítimo e futuras instalações de beneficiamento, localizados em São João da Barra. A construção é independente da LLX, subsidiária da MMX, responsável pela obra do complexo logístico do Açu, que inclui o porto. A obra deve cruzar 32 municípios dos dois estados e terá capacidade para transportar 26,6 milhões de toneladas de pellet feed por ano.
Eulálio destaca que a movimentação nos canteiros começou em outubro do ano passado, período em que começaram as contratações. “A previsão é de que a maior concentração de emprego do mineroduto, aqui na região, aconteça em Itaperuna, no Noroeste Fluminense”, diz o sindicalista, acrescentando que estão chegando novas empresas agregadas ao projeto do porto do Açu, como a Techint, Odebrecht e Camargo Corrêa.
De acordo com o presidente do sindicato, a previsão é de que o setor de construção civil continue em alta até 2011 devido a esta e outras construções do município. “Estamos com 163 obras em andamento, sendo 48 prédios nas áreas da Pelinca e do Parque Tamandaré”.
Ele acrescenta que, atualmente, são 17 mil trabalhadores do setor estão empregados e que a previsão era chegar em março com 20 mil, mas uma manobra dos empreendedores estariam estabilizando as contrações e fazendo rodízio de operários para evitar novas contratações tendo como argumento a crise financeira internacional. “Isso é mentira porque, se houvesse crise, ninguém estaria anunciando novos empreendimentos. Isso é para sacrificar os trabalhadores e não dar aumento”, desabafa o sindicalista.
Estado apoia empreendimento que vai levar minério ao porto do Açu
No final do mês passado, o governador Sérgio Cabral publicou decreto no Diário Oficial declarando de utilidade pública para fins de constituição de servidões administrativas, em favor de Anglo Ferrous Minas-Rio Mineração S.A., imóveis e benfeitorias situados nas faixas de terra necessárias à construção e passagem do Mineroduto Minas-Rio. A implantação do empreendimento propiciará o surgimento de uma rede de serviços que dará suporte a pequenas e médias empresas da região mineira, além de possibilitar o escoamento da produção e integração às instalações do Porto do Açu, em São João da Barra.
O interesse público para fins de desapropriação das áreas levantadas e já definidas para a implantação do Mineroduto Minas-Rio, de acordo com o Decreto n° 41.652, evidencia a viabilização de uma nova modalidade para o escoamento da produção mineral, de baixo impacto ambiental devido à moderna tecnologia de propulsão, monitoramento e controle a serem adotados.
O mineroduto vai permitir maior economia em relação aos sistemas de transporte rodoviário e ferroviário. Além disso, a utilidade pública do empreendimento assegurará condições ao desenvolvimento sócio-econômico nas regiões Norte/Noroeste fluminenses, a partir do incremento de atividades econômicas paralelas e da redução do impacto no meio ambiente. A ideia é compatibilizar o crescimento da população com desenvolvimento sustentável regional, além de acelerar a implantação de outros investimentos associados.
Matéria do Monitor Campista: Liliane Barreto
Obs:
Obtive informações com o presidente do Sindicato dos empregados do setor, o Sr. José Eulálio, que a Construtora ODEBRECHT é a responsável pela obra, mas ainda não está contratando ninguém agora porque não há vagas e os trabalhadores estão migrando de um canteiro para o outro.
A nossa expectativa e torcida é que sejam contratados para a obra alguns trabalhadores de nossa região!
Essa é questão!
3 comentários:
com toda certeza vai ter bastante vagas de trabalho para técnico de segurança do trabalho.
obrigado
Espero que tenha bastante vaga e que essas vagas sejam ocupadas por pessoas qualificadas pra tal e não porque tem algum parentesco com um fulano ou outro o povo precisa de empregos e que possam crecer e com isso buscar melhores condições.
É anônimo, e quem ñ quer ser escolhido por ter um parentesco? duvido que estivesse nesta posição ñ ia achar tão ruim, né...ñ é o meu caso, pois nem trabalho lá, é que na maioria das vezes somos infelizes nos comentários e falamos sem pensar, e se fosse vc, ia recusar a oferta? DUVIDO...
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