"A experiência brasileira e de outros países demonstra que a luta contra este problema requer, acima de tudo, desejo político e determinação", afirmou Lula ao receber a distinção, concedida pela organização não-governamental ActionAid.
Na sede da FAO, em Roma, onde dezenas de dirigentes mundiais participam, até quarta-feira, de uma cúpula sobre segurança alimentar, o presidente criticou a indiferença da comunidade internacional para com o flagelo da fome.
Segundo ele, "muitos parecem ter perdido a capacidade de sentir indignação por esse sofrimento", que é "a pior arma de destruição em massa do planeta".
"Milhões e milhões de dólares são gastos para salvar bancos falidos. Com muito menos que essa quantia seria possível eliminar a fome no mundo", afirmou Lula.
Na ocasião, a ActionAid ressaltou que o Brasil ocupa o primeiro lugar do grupo de 30 países em desenvolvimento, e que Lula conseguiu reduzir a desnutrição infantil em 73% e a mortalidade infantil em 45% desde que chegou ao poder, em 2003.
"O presidente Lula mostrou ao mundo que é possível dar os passos fundamentais no combate à fome ao dar apoio a pequenos agricultores e implementar programas que beneficiam diretamente os mais pobres", disse o coordenador-executivo da ActionAid Regional das Américas, Adriano Campolina.
Programa "Fome Zero"
Segundo relatório da FAO divulgado na semana passada, o Brasil figura na lista dos 16 países do mundo que atingiram o objetivo de reduzir o número de pessoas que sofrem de fome.
O relatório intitulado "Caminhos para o sucesso" afirma que a experiência brasileira - iniciada em 2003 com o programa "Fome Zero"- é muito positiva.
"Em 1991, eram 15,8 milhões os brasileiros que sofriam de desnutrição. De 2001 a 2005, este número caiu para 12 milhões e o percentual de desnutridos passou de dez para seis", ressaltou o documento da FAO, que destacou que, no mesmo período, "registrou-se a mais impressionante queda no número de crianças desnutridas".
Nesta segunda, a cúpula da FAO fixou, em Roma, como "objetivo estratégico" a "erradicação da fome no mundo", expressamente através de um reforço do financiamento à agricultura, explica a declaração final.
Portal Uol
O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, foi o único líder do G8 (Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Canadá, Estados Unidos, Japão e Rússia) que esteve presente no início dos trabalhos. Os dirigentes fixaram vários "objetivos estratégicos", mas sem quantificar seus compromissos nesta questão.
O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, foi o único líder do G8 (Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Canadá, Estados Unidos, Japão e Rússia) que esteve presente no início dos trabalhos. Os dirigentes fixaram vários "objetivos estratégicos", mas sem quantificar seus compromissos nesta questão.
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