Movimento quer inviabilizar o funcionamento da comissão para pressionar pela renúncia de Marco Feliciano (PSC), acusado de racismo e homofobia
Deputados de PT, Psol e PSB anunciaram nesta quarta-feira sua desistência de suas vagas na Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) em protesto contra a persistência do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência do órgão. A liderança de Feliciano na comissão é alvo de críticas e polêmicas em razão de manifestações consideradas como racistas e homofóbicas.
O objetivo do êxodo dos congressistas é resultado da organização dos críticos de Feliciano em torno da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos, grupo formado para funcionar em paralelo e em oposição ao presidente da CDHM. Além da sua saída, os deputados também pretendem retirar os projetos por eles propostos. A meta é trancar a pauta de comissão e, em um momento posterior, inviabilizar seu próprio funcionamento devido à escassez de parlamentares.
Entre os deputados que estão deixando a comissão estão Erika Kokay (PT-DF), Jean Willys (Psol-RJ), Chico Alencar (Psol-RJ) e Luiza Erundina (PSB-SP). A assessoria do PT na Câmara informou que todos seus deputados, titulares e suplentes, estão deixando a Comissão. A CDHM tem 17 vagas e, com a saída de pelo menos cinco titulares, poderia ficar legalmente incapacitada de operar.
"A comissão está inviabilizada por este ano. Não fazia sentido participar das reuniões e não quero mais polemizar, porque esse cara é um artista e está tirando proveito da situação para interesses individuais", disse o deputado Padre Tom (PT-MA) à Agência Brasil. "Estamos saindo para não legitimar os atos do pastor. Não reconhecemos a eleição dele", acrescentou o deputado Nilmário Miranda (PT-MG).
Terra
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