Dom Luiz Antonio Ricci |
No dia 30 de abril, às 18h no Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro o Bispo Auxiliar de Niterói, Dom Luiz Antonio Ricci, vai participar da abertura do Ciclo de Palestras no Projeto Comunicação & Cidadania realizado pela Pastoral da Comunicação da Diocese de Campos. O tema será "A morte Social" e após a conferencia Dom Luiz vai lançar o livro A morte Social: Mistanásia e Bioética.
As inscrições podem ser feitas na Livraria Diocesana (Praça Batalhão Tiradentes, 05 – Centro) ou na Secretaria do Santuário (Avenida Santo Afonso, 208, Centro de Campos - RJ).
Mistásia, neologismo cunhado em 1989 por Márcio Fabri dos Anjos, teólogo bioeticista para designar a morte precoce e evitável, miserável e infeliz, antes da hora. Trata-se de um final de vida injusto. Ao fazer uma contraposição entre eutanásia e mistanásia, ele afirma categoricamente em seu texto referencial que tanto o viver quanto o morrer devem ser revestidos de dignidade. Não se trata de matar, ajudar ou deixar morrer, mas de morte antecipada e totalmente precoce (“anacrotanásia”) por causas previsíveis e preveníveis, mortes escondidas e não valorizadas.
- A mistanásia é geralmente a morte do pobre, resultado de uma vida precária e com pouca ou nenhuma qualidade. É uma morte indireta, causada pelo abandono, omissão ou negligência social e também pessoal. – pontua Dom Luiz.
Márcio Fabri esclarece que mistanásia quer significar a morte de pessoas cujas vidas não são valorizadas, acontecem nos porões da sociedade, no submundo; por isso são desconhecidas, desconsideradas ou mesmo ocultadas. O desvelamento da morte silenciosa também é um modo de se atribuir justiça às suas vítimas, insistindo no argumento da responsabilidade moral pela vida confiada.
Dom Luiz Antônio relata que a Igreja como povo da vida e a favor da vida e alerta para o número sem fim de pobres para quem se torna difícil viver. Essa é a realidade que se impõe e pede dos cristãos uma resposta e comprometimento.
- Na Palavra de Deus encontramos inúmeros textos que fundamentam nossa responsabilidade moral pela vida que nos foi confiada pelo Criador. Por exemplo: caminhar e lutar pelo “novo céu e a nova terra” onde “não mais haverá morte, nem pranto, nem gritos, nem dor” (Ap 21,4); ninguém gerará filhos para morrerem antes do tempo (Is 65,23). Não se pode negar que a ética cristã pode oferecer (e já tem oferecido) uma relevante contribuição para a reflexão bioética. – observa o bispo.
O Projeto Comunicação & Cidadania tem como proposta o debate de temas voltados à realidade social e na busca de dialogo com os diversos seguimentos sociais. Uma série de conferencias serão realizadas durante o ano. Na opinião do Coordenador da Pastoral da Comunicação, Pe. Maxiliano Barreto a Comunicação Diocesana pretende oferecer outros debates envolvendo agentes pastorais e universitários.
- A nossa pastoral da comunicação é um projeto de integração e de diálogo e especialmente a igreja católica tem a tradição de promover iniciativas educacionais, e nessa ótica que este ano estamos expandindo a nossa esfera de ação a promoção de palestras, conferencias de temas que exigem um cuidado maior. Nesta temática a visão da igreja católica de defender e promover iniciativas para a preservação da vida e da dignidade humana. – destaca Pe. Maxiliano.
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