O mês de abril é dedicado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) como o mês da “Jornada Nacional de Lutas”. Em todo o país ocorrem ocupações em agências bancárias, fazendas e prédios públicos. Ontem, no município de Itaperuna, eles protestaram em frente ao prédio da Justiça Federal, no Centro, contra a demora na emissão do título de posse das terras da Fazenda Santa Maria dos Peixes, no distrito de Santa Maria, em Campos.
Um dos integrantes do MST, que preferiu não ser identificado, explicou que o motivo da demora na emissão do documento seria o questionamento feito pela Justiça quanto ao valor da indenização a ser paga ao proprietário das terras. “Só saímos de lá depois que a juíza nos garantiu que vai rever o processo”, disse ele, destacando que o processo foi enviado para Itaperuna porque a fazenda fica na divisa de Campos com Bom Jesus do Itabapoana. Cerca de 100 famílias estão acampadas no local.
O mês de abril, que é denominado “Abril Vermelho”, tem significado especial na luta dos Sem-Terra, não só pela ocorrência do massacre em Eldorado dos Carajás, em 17 de abril de 1996, quando, 19 pessoas morreram em confronto com a Polícia Militar ,do Pará, mas porque é nessa época que o movimento intensifica suas ações.
O período favorece a luta do MST, que disputa não somente a desapropriação de terras, mas também recursos para a agricultura.
A cor vermelha, por sua vez, está na bandeira do movimento e representa o sangue que “corre nas veias e a disposição de lutar pela reforma agrária e pela transformação da sociedade” informa o site do movimento.
Matéria do Jornal Monitor Campista
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