sábado, 16 de janeiro de 2010

Lula rebate polêmica sobre o Plano Nacional de Direitos Humanos e chama de ‘cretinice’ as críticas ao Bolsa Família

Após retornar de férias e contornar a crise entre ministros e militares pelo Plano Nacional de Direitos Humanos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que a Comissão de Verdade — um dos pontos polêmicos da proposta — não será “uma caça às bruxas”.

“Não há motivos para ter medo de apurar a verdade da história do País”, declarou em entrevista a uma TV do Maranhão, onde esteve para inaugurar uma refinaria.

Lula ironizou o tratamento da imprensa para o Plano: “As pessoas, de vez em quando, criam chifre em cabeça de cavalo”, disse ele, que pediu a edição de termos como “repressão política” e “apuração de violações” do documento original. O presidente disse que o trabalho da Secretaria Especial de Direitos Humanos vai continuar de forma tranquila e pacífica. “O PNDH vai pegar 140 pessoas que ainda não encontraram os seus parentes para que possam ter o direito de encontrá-los e enterrá-los”, disse o presidente, acrescentando que o documento fora aprovado por diversos setores: desde a área da saúde passando pelos sem-teto e os deficientes. Lula ainda lembrou que nem todos pontos abordados no Programa Nacional de Direitos Humanos se tornarão lei.

Ele explicou que uma parte pode ser aprovada e realmente virar lei, enquanto outro trecho poderia ser suprimido e não entrar no programa.

BOLSA FAMÍLIA

Lula também disparou contra os críticos do programa Bolsa Família. Respondendo a quem defende que o programa estimula o desemprego, ele disse que com crescimento econômico as famílias deixarão de receber o benefício. “É um sonho meu e de quem está recebendo. Mas uma parte da elite brasileira é muito preconceituosa”.
O Dia

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