As companhias telefônicas divulgaram, através da mídia corporativa, que temem perder R$ 20 bilhões anuais com a reativação da Telebrás.
Como pode um setor que se proclama eficiente temer a competição? Cumpre lembrar que um dos pretextos utilizados para privatização do setor foi o de aumentar a competitividade e eliminar o monopólio público então existente. Agora, as concessionárias temem novos competidores e querem manter o controle oligopolístico para continuar praticando preços exorbitantes em troca de serviços deficientes.
Será que os valores que as empresas de telefonia têm saqueado anualmente da sociedade, além do lucro esperado no mercado, corresponde à R$ 20 bilhões? Será esse o preço que tem sido pago pela sociedade para manter o modelo construído pela privataria? Aposto que sim.
E as empresas de telefonia não ficam nem ruborizadas em declarar que o Plano Nacional de Banda Larga - PNBL - significaria para elas “um rompimento de compromisso por parte do governo”. Declaram abertamente que o “atendimento à administração pública foi um item determinante em seus planos de negócios). Traduzindo, alguém teria prometido que o estado brasileiro seria cliente pérpetuo e cativo de serviços caríssimos e precários.
Esse modelo é um verdadeiro primor de negócio para empresas, uma sangria para os cofres públicos e um desastre para a sociedade que o governo tem obrigação de modificar o mais depressa possível.
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