Com o resultado, a equipe das Laranjeiras chega a 33 pontos e segue como líder da competição. Já o Vasco soma agora 21 pontos e está na nona colocação.
Paralelo ao espetáculo, o Maracanã viveu uma noite de despedida. A parte inferior das arquibancadas (cadeiras azuis) será fechada para obras visando à Copa de 2014. Depois, outros setores passarão pelo mesmo processo. Com isso, o estádio só voltará a funcionar normalmente, com toda a sua capacidade, a partir de 2013.
Como é corriqueiro em um clássico, o jogo começou em clima tenso. Ninguém arriscava muito e o toque para o lado era sempre a saída segura. Mais valia não errar, do que tentar um acerto genial e comprometer o sistema defensivo. Isso, porém, só nos primeiros instantes. Aos poucos, o líder do Campeonato Brasileiro começou a mostrar que não ocupa a posição por um acaso. Em sete minutos provou o porquê.
Após uma cobrança de escanteio de Dario Conca, Gum tentou duas vezes antes de fazer vibrar e sair do chão a parte tricolor do estádio. O golpe foi acusado pelo Vasco. Os cruzmaltinos cambalearam e o mesmo Conca que iniciou a jogada do primeiro gol quase ampliou a vantagem um pouco depois. Mas Fernando Prass, escolhido para envergar a camisa 112 (em alusão ao tempo de fundação do clube de São Januário), salvou com uma linda defesa.
A diferença entre os times era comprovada por dois fatores essenciais. Pelo lado esquerdo de defesa do Vasco, Felipe não dava conta do veloz Mariano. Lento, o jogador crumaltino, que hoje é meia, teve de quebrar um galho em sua posição de origem, já que o lateral Max foi vetado pelo departamento médico. Outro fator que fazia a diferença era a velocidade de Emerson. O atacante tricolor deixava Fernando, Nilton e Dedé de ‘cabelos em pé‘.
Quando Carlos Alberto, escalado justamente em razão da ausência de Max, começou a chamar para si o jogo, o Vasco equilibrou as ações. Não fosse o estilo ‘durão’ do zagueiro Gum, que o derrubou em duas oportunidades (em uma delas foi advertido com cartão amarelo), o meia poderia ter conseguido criar jogada que levasse a partida a um pronto empate. A subida de produção do time da colina tinha uma outra razão: Felipe não era mais o responsável por segurar Mariano. A missão cabia ao volante que aparecesse mais próximo do lateral. Geralmente, Nilton.
E o efeito Carlos Alberto era mesmo o diferencial. Aos 37, ele arrancou, abriu espaço e deu um passe cheio de ‘açúcar’ para Éder Luis. O atacante, livre de qualquer marcação, tocou com tranquilidade no contrapé de Fernando Henrique e mostrou que o recuo tricolor tinha um preço bem caro a ser pago. O empate acalmou os ânimos e o jogo seguiu sem surpresas até o intervalo.
O segundo tempo começou em ritmo frenético. Com 40 segundos, Conca quase marcou. Com um minuto, Julio Cesar chutou e obrigou Fernando Prass a fazer complicada defesa. Contudo, novamente foi o já citado ‘fator Carlos Alberto’ que fez a diferença. Aos 2 minutos, o meia arrancou pela intermediária e deu passe perfeito para Fagner, que deslocou Fernando Henrique e confirmou a virada.
O Vasco não relaxou, seguiu melhor. Mas eis que uma ‘lambança’ geral abriu o caminho para o Fluminense chegar ao empate. Primeiro, Felipe tentou driblar dentro da área e perdeu a bola para Emerson. O atacante cruzou mal, nos pés do cruzmaltino Zé Roberto, que em vez de dar o famoso ‘bico para frente’, ficou olhando a bola quicar. Esperto, Julio Cesar apareceu como uma flecha e tocou na saída de Fernando Prass.
O gol diminuiu o ímpeto das duas equipes. Talvez por medo de sofrer gol e não conseguirem reverter novamente o resultado. Mesmo assim, Deco ainda teve uma chance clara de dar a vitória ao Fluminense. Isso aos 39 minutos. Mas chutou para fora, por cima. Mesmo assim, teve seu nome gritado pela torcida.
E foi assim que seguiu o clássico, após reviravoltas, gols, falhas e muita festa. No último jogo (até 2013) do Maracanã completo, o empate serviu para não deixar ninguém triste, nem muito feliz.
Portal UOL
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