Para Lula, em vez de ser substituído, o Protocolo de Kioto deve ser tomado como “referência” para futuras metas. O presidente ainda advertiu que a conferência “não é um jogo onde se possa esconder cartas na manga”. “A hora de agir é esta. O veredicto da história não poupará os que faltarem com as suas responsabilidades neste momento”, afirmou o presidente.
A redução das emissões de gases estufa nos países ricos deve seguir as metas recomendadas pela ONU, que são de 25% a 40% em relação aos níveis de 1990. Para Lula, o ideal é que se chegue o mais próximo possível das metas mais altas.
O presidente lembrou que muitos países em desenvolvimento já anunciaram importantescontribuições à redução das emissões, entre eles o Brasil, que se comprometeu a diminuir a liberação de gases estufa na atmosfera em até 38,9% até 2020. Além disso, acrescentou Lula, o Brasil é líder no uso de biocombustíveis e tem um plano para frear o desmatamento da Amazônia.
Reunião de emergência com líderes
Na tentativa de salvar a conferência de terminar em impasse, Lula e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, ainda marcaram uma reunião ontem à noite, com os principais chefes de estado do mundo. Segundo o presidente francês, nem ele, nem o brasileiro estão em Copenhague para “tomar uma bebida”.
O objetivo da reunião seria tentar um novo acordo que respeitasse o Protocolo de Kioto. A chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, também estariam no encontro.
O presidente americano Barack Obama chega hoje à Copenhague. “Se não tivermos a competência de reunir os líderes e tomarmos uma decisão, corremos o risco de sermos fotografados como os líderes que não souberam cuidar do planeta Terra”, observou Lula.
O Dia
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