Itaperuna promove hoje a 2ª Parada GLBT

Apesar dos avanços da ciência, da tecnologia e dos direitos humanos neste século, o Brasil ainda é cenário dos mais variados tipos de discriminação contra o negro, a mulher, o pobre, a criança e também aos homossexuais. Essa discriminação é visível nos salários mais baixos, na dificuldade de obter emprego por causa da cor da pele ou na omissão dos poderes públicos. Como conseqüência, os negros, por exemplo, são encarados como suspeitos apenas por serem negros ou os homossexuais são discriminados apenas por causa da sua orientação sexual. Viver numa sociedade que respeita o convívio entre as diferenças é sinônimo de civilidade e de respeito ao próximo.

Todo e qualquer tipo de discriminação é totalmente incompatível com os ideais de cidadania. É possível, sim, educar para a igualdade e nos organizarmos para impedir que a sociedade construa seus alicerces sobre o preconceito. A parada gay em São Paulo pode ser entendida como exemplo dessa visão amplamente aceita no mundo inteiro. A orientação sexual de terceiros não pode ser motivo de preconceito por parte de ninguém. A sexualidade dos outros não diz respeito a ninguém, somente ao próprio indivíduo. Milhões de pessoas nas ruas é uma demonstração de maturidade da nossa sociedade que já parece ter percebido o óbvio: viver numa sociedade que sabe respeitar as diferenças.

Quando alguém ou um grupo julga uma pessoa não pelo que ela é, mas por sua nacionalidade, cor, sexo, orientação sexual, isto é discriminar. Trata-se de um hábito muito antigo em quase todos os povos do mundo, aprendido pelas crianças ao copiarem muitas vezes as atitudes de seus pais, com consequências medonhas na forma de guerras e opressão de grandes parcelas da população. Apesar de ser muito difícil mudar opiniões aprendidas na primeira infância, não é impossível exercitar a tolerância na forma de controle de ações discriminatórias. Exemplo disso são as manifestações dos homossexuais na parada gay de São Paulo e em outros países do mundo que já aceitam e acham importante conviver com as diferenças .

Hoje, portanto, na região Noroeste do Estado do Rio, mais precisamente em Itaperuna,a população como um todo, terá uma grande oportunidade de encarar estes preconceitos de frente e jogá-los fora na mesma hora, no mesmo instante; afinal, para quem ainda não sabe, estamos no Século 21 minha gente! e é bom acordar enquanto é tempo, porque o mundo será bem melhor sem esse sentimento que só destroi e segrega. Quem não agir assim vai correr o risco de sentir na própria pele o que é ser discriminado, como são as minorias em todo o mundo.

Entendeu?