Emenda apresentada pelos deputados Humberto Souto e Ibsen Pinheiro altera a distribuição dos royalties e diminui os recursos de Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo. A emenda, no entanto, foi indeferida por falta de assinaturas. Deputados votam hoje recurso contra o indeferimento.
O Plenário realiza duas sessões extraordinárias nesta tarde. Na primeira, às 13 horas, poderá ser concluída a votação da proposta que estabelece o regime de partilha para exploração do petróleo na camada pré-sal e define regras para distribuição de royalties (PLs 5938/09 e2502/07).
Ontem, alguns parlamentares protestaram contra a possibilidade de retirada de pauta de todas as propostas de emenda à Constituição até as eleições de outubro e ameaçam obstruirtodas as votações. O assunto será discutido em reunião de líderes marcada para as 14 horas.
Na segunda sessão extraordinária desta tarde, que será iniciada na sequência da primeira, estão em pauta:
- PEC 590/06, da deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que garante a presença de pelo menos uma mulher nas Mesas Diretoras da Câmara e do Senado e nas comissões;
- PL 203/95, que dispõe sobre o acondicionamento, a coleta, o tratamento, o transporte e a destinação final dos resíduos de serviços de saúde;
- PL 270/03, que libera os jogos de bingo, videobingos e videojogos no País.
Royalties
O texto principal do projeto sobre os royalties foi aprovado, em dezembro, na forma de umsubstitutivo do relator Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). A principal polêmica é em torno da distribuição entre os estados dos royalties do petróleo, tanto do óleo extraído da camada do pré-sal quanto de outros blocos.
Para concluir a análise desse projeto, o Plenário precisa votar um recurso contra a decisão, do presidente Michel Temer, de não admitir uma emenda dos deputados Humberto Souto (PPS-MG) e Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) por falta de assinaturas de apoio. Temer atendeu a umaquestão de ordem do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A emenda determina que os royalties e a participação especial devidos pela exploração do petróleo (do pré-sal ou não) sejam distribuídos de acordo com os critérios dos fundos de participação dos estados (FPE) e dos municípios (FPM). Metade dos recursos iria para os estados e metade para os municípios.
O conteúdo da emenda provoca divergências entre os estados e também dentro dos partidos, pois, se aprovada, ela retiraria recursos dos principais produtores de petróleo (Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo), em benefício dos demais estados e municípios.
Além de decidir sobre o recurso, os deputados precisarão votar a própria emenda se ele for aprovado.
Agência Câmara
Nenhum comentário:
Postar um comentário