De acordo com o último Boletim Estatístico da Previdência Social, divulgado em novembro, há aproximadamente 290 mil segurados que ganham o teto no País. Isso representa gasto adicional ao INSS de R$ 36 milhões por mês — ou R$ 470 milhões por ano. A estratégia das representações de aposentados e pensionistas para melhorar o índice de correção, agora reforçada pelas centrais sindicais, é a mesma do ano passado: bastante pressão para que o governo não tenha como vetar índice aprovado no Congresso.
Para o presidente da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas, Warley Gonçalles, as contas da Previdência permitem o reajuste acima do proposto. “A Cobap não aceita as afirmações de que há déficit no INSS”, refuta.
Segundo ele, o calendário de manifestações de janeiro em defesa do reajuste crescerá até as comemorações do Dia do Aposentado (24 de janeiro), que vão levar representantes a Aparecida do Norte. “Nós não vamos aguardar de braços cruzados”, promete. “Como no ano passado e nos anteriores, vamos às ruas e ao Congresso para pressionar as autoridades”, acrescenta.
João Batista Inocentini, presidente do Sindicato dos Aposentados e Pensionistas da Força Sindical, acredita que o governo vai abrir negociação. “Paulinho, o autor da proposta que elevou o reajuste do ano passado, será chamado para discutir”, aposta.
Segundo ele, o calendário de manifestações de janeiro em defesa do reajuste crescerá até as comemorações do Dia do Aposentado (24 de janeiro), que vão levar representantes a Aparecida do Norte. “Nós não vamos aguardar de braços cruzados”, promete. “Como no ano passado e nos anteriores, vamos às ruas e ao Congresso para pressionar as autoridades”, acrescenta.
João Batista Inocentini, presidente do Sindicato dos Aposentados e Pensionistas da Força Sindical, acredita que o governo vai abrir negociação. “Paulinho, o autor da proposta que elevou o reajuste do ano passado, será chamado para discutir”, aposta.
Sindicalistas chamam ministro de Robin Hood às avessas
No INSS, 19 milhões ganhavam o salário mínimo (R$ 510) em novembro, segundo o Boletim Estatístico da Previdência Social. Para o Dia Nacional do Aposentado, 24 de janeiro, aposentados e pensionistas anunciaram que vão apelar a uma programação religiosa e pedir reajuste maior também para a base da folha de pagamento do INSS. Pelo menos 15 mil são esperados na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, no interior de São Paulo, em missa no dia 30 de janeiro, marcada para começar às 8h.
Ontem, a Força Sindical classificou o ministro Guido Mantega como um “Robin Hood às avessas”, que não estaria defendendo os menos favorecidos. “O ministro se esquece que salário mínimo digno é uma forma de distribuir renda, com forte impacto no fomento da economia”, atacou a Força Sindical em nota oficial, cobrando posição do governo na erradicação da miséria.
Ontem, a Força Sindical classificou o ministro Guido Mantega como um “Robin Hood às avessas”, que não estaria defendendo os menos favorecidos. “O ministro se esquece que salário mínimo digno é uma forma de distribuir renda, com forte impacto no fomento da economia”, atacou a Força Sindical em nota oficial, cobrando posição do governo na erradicação da miséria.
PMDB sugere piso de R$ 560
Presidente do PMDB, o senador Valdir Raupp (RO) elevou ontem o tom e disse que dificilmente o salário mínimo ficará nos R$ 540, em resposta ao que define como grito da sociedade. Em nota oficial, o partido informou que o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) vai apresentar emenda na Câmara para elevar o salário mínimo para R$ 560. Fazendo linha mais dura, o parlamentar também vai apresentar proposta de emenda constitucional (PEC) que altera as regras do direito ao veto do presidente da República, para evitar que ação dos parlamentares seja derrubada pelo governo.
Apesar do barraco, ontem foi dia de jogar panos quentes na queda de braço entre o PT e o PMDB. Nota divulgada pelo deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB) — líder do partido do vice-presidente Michel Temer na Câmara — tentou separar a negociação do salário mínimo da pressão por cargos no segundo escalão do governo federal e evitar que a defesa de piso superior aos R$ 540 seja vista como chantagem sobre a presidenta Dilma Rousseff.
Já o ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, disse que será um intermediador entre os segurados e a equipe econômica, para garantir um índice superior aos 5,88%. “Misturar esse tema com a definição de cargos é uma absurda e imperdoável irresponsabilidade”, contemporizou Eduardo Alves. Temer também adotou tom diplomático ontem, dizendo que o assunto salário mínimo não faz parte de tema do partido, mas voltou a dizer que discutirá com a equipe econômica valor acima dos R$ 540.
Apesar do barraco, ontem foi dia de jogar panos quentes na queda de braço entre o PT e o PMDB. Nota divulgada pelo deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB) — líder do partido do vice-presidente Michel Temer na Câmara — tentou separar a negociação do salário mínimo da pressão por cargos no segundo escalão do governo federal e evitar que a defesa de piso superior aos R$ 540 seja vista como chantagem sobre a presidenta Dilma Rousseff.
Já o ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, disse que será um intermediador entre os segurados e a equipe econômica, para garantir um índice superior aos 5,88%. “Misturar esse tema com a definição de cargos é uma absurda e imperdoável irresponsabilidade”, contemporizou Eduardo Alves. Temer também adotou tom diplomático ontem, dizendo que o assunto salário mínimo não faz parte de tema do partido, mas voltou a dizer que discutirá com a equipe econômica valor acima dos R$ 540.
Tropa de choque para diluir a crise
Menos maleável que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidenta Dilma Rousseff convocou uma tropa de choque para diluir a pressão do PMDB sobre cargos do segundo escalão. Os ministros Antonio Palocci (Casa Civil), Paulo Bernardo (Comunicações) e Alexandre Padilha (Saúde) ficaram encarregados de tratar do assunto, que ganhou força com demissões nos Correios e estatais do setor elétrico — áreas dominadas pelo PMDB.
Menos maleável que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidenta Dilma Rousseff convocou uma tropa de choque para diluir a pressão do PMDB sobre cargos do segundo escalão. Os ministros Antonio Palocci (Casa Civil), Paulo Bernardo (Comunicações) e Alexandre Padilha (Saúde) ficaram encarregados de tratar do assunto, que ganhou força com demissões nos Correios e estatais do setor elétrico — áreas dominadas pelo PMDB.
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